A Sociedade São Vicente de Paulo foi criada em Paris, no ano de 1833, por um pequeno grupo de estudantes católicos liderados por Frederico Ozanam.

Nessa época, Paris está envolta em agitações sociais e políticas. A religião está em declínio; o ateísmo ganha terreno.

Um grande número de agricultores deixa o campo para procurar trabalho nas grandes cidades. Quando chegam, a maioria deles não encontra nada além do desemprego ou baixos salários.

Nas favelas que se formaram na periferia da capital, milhares de pessoas vivem sem recursos, alguns na miséria total.

Ozanam e alguns amigos – que se reuniam sempre em conferências onde se falava de História, decidiram se reunir entre cristãos, não para falar, mas para agir: fazer uma Conferência de Caridade.

Emmnuel Bailly aprovou o projeto, forneceu como local para reunião do grupo o escritório da redação de seu Jornal e aceitou de dirigir o novo agrupamento.

A primeira reunião ocorreu em 23 de abril de 1833, e participaram: Emmanuel Bailly; Paul Lamache; Félix Clavé, Auguste le Taillandier; Jules Devaux; François Lallier e Frederico Ozanam.

Estipulam a realização de uma reunião semanal, e como atividade fundamental a visita dos pobres em domicílio. O grupo elege como padroeiro São Vicente de Paulo e se coloca sob a proteção da Virgem Maria.

A equipe entra em contato com uma Filha da Caridade, a Irmã Rosalie Rendu, quem organizava a distribuição de socorro do escritório de benfeitoria do bairro. Irmã Rosalie dá orientações de como o grupo deve trabalhar a caridade para com os Pobres.

NASCEU ALI A SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO.

Atualmente, a Sociedade de São Vicente de Paulo está em expansão, principalmente nos países em vias de desenvolvimento que já somam dois terços das Conferências. Atualmente, 800 mil membros por todo o mundo perpetuam o espírito de São Vicente de Paulo e a obra do bem-aventurado Antônio-Frederico Ozanam e seus amigos, para continuarem ajudando os mais desprotegidos e mantendo sempre viva a mensagem de Cristo.

Hoje, o 16º presidente geral é o brasileiro Renato Lima de Oliveira, 49 anos, um dos mais jovens desde a criação da entidade. Renato é o primeiro presidente do Cone Sul, do mundo em desenvolvimento. A SSVP está hoje presente em 150 territórios por todo o mundo, servindo na esperança, tal como aparece no lema de sua logomarca e bandeira.

Desde os primeiros momentos da Primeira Conferência de Caridade, Ozanam não cessou de encorajar os seus amigos através de suas Cartas também converteu-os em agentes de mudança social e cristã.

Ele tinha o dom para envolver outras pessoas na caridade. Ozanam imprimiu caráter na juventude católica do seu tempo. Foi pessoalmente, diante do bispo de Paris, pedindo-lhe para fazer Conferências na Catedral de Notre Dame – o bispo autorizou.

No fim de 1834, a Sociedade São Vicente de Paulo ficou numerosa.

Ozanam e alguns companheiros, dentre eles, Le Prevost, pensavam dividir a Conferência em dois grupos e mesmo a difundir a SSVP em toda a França.

Uma comissão foi formada para estudar a proposta. A Comissão apresentou o seu relatório no dia 16 de dezembro: a discussão foi difícil, Emmanuel Bailly era contrário.

O ano de 1835 começou em paz, mas na noite da Epifania, Bailly não se apresentou e foi o Confrade Le Prevost que presidiu a sessão. Ele teve um papel de moderador e foi assim que, no dia 17 de fevereiro apoiada por Bailly, a decisão é tomada pela SSVP de se dividir em dois grupos: Conferência St-Etienne-des-Monts, com Bailly e Ozanam, e Conferência St-Sulpice com Levassor apoiado per Le Prevost.

No dia 3 de março de 1835, se realizava a primeira reunião da Conferência São Sulpício.

(Fonte: http://www.r-s-v.org/pt/a-historia-da-fundacao/)

O Papa Gregório XVI aprovou o “Estatuto da Sociedade de São Vicente de Paulo”, com dois Breves Apostólicos: o de 10/01/1845 e o de 12/08/1845. E concedeu, ainda, as devidas indulgências próprias como “uma associação de NATUREZA ECLESIAL, mas com CARÁTER LEIGO, AO SERVIÇO DA IGREJA e DA SOCIEDADE”.

Os Breves Apostólicos deram à SSVP plena autonomia na sua organização e na administração dos seus bens patrimoniais, sem nenhuma interferência da hierarquia eclesiástica.

A SSVP foi fundada em 23/04/1833. No fim de 1834, o grupo contava com mais de 100 membros! Em 24 de janeiro de 1835 acontece o primeiro desmembramento e passa a existir duas Conferências.

Os estudantes, após obterem seus diplomas, fundam mais Conferências na França: Nimes em 10 de fevereiro de 1835, Lyon em 16 de agosto de 1836, em seguida Rennes, Nantes…

A partir de 1836, foi necessário criar um “Conselho de Direção”, que depois foi batizado de Conselho Geral, nome em vigor desde então.

Depois do interior, a SSVP ultrapassa as fronteiras da França: Roma em 1842, seguida da Bélgica, Escócia; Irlanda em 1843, Inglaterra em 1844, e nos anos seguintes: Alemanha, Holanda, Grécia, Turquia, Estados Unidos, Suíça, Canadá, Áustria, Espanha…

27 anos depois de sua fundação, em 1860, a Sociedade contava com 2500 Conferências no mundo e reunia 50.000 membros.

Em 2020, a SSVP está presente nos cinco continentes, em 150 países; 800 mil confrades e consócias: 1,5 milhão de voluntários: 47 mil Conferências:  30 milhões de pessoas atendidas por ano.

A Conferência São José foi a primeira Unidade Vicentina fundada em território brasileiro, no Rio de Janeiro, em 04 de agosto de 1872.

Os fundadores da Conferência São José foram os confrades Pedro Fortes (médico), Antônio Secioso (advogado) e Francisco Lemos (Conde de Aljezur), este último fundador da SSVP em Portugal que estava no Brasil a serviço da imperatriz, Dona Leopoldina. O Confrade Francisco tornou-se o primeiro presidente da Conferência São José, agregada ao Conselho Geral em 16 de novembro de 1872.

No mundo

  Confrades e consócias: 800 mil

  Voluntários: 1,5 milhão

  Conferências: 47 mil

  Pessoas atendidas por ano: 30 milhões

No Brasil

     Vicentinos: 153 mil

     Conferências: 15 mil

     Pessoas atendidas: 1,5 milhão

A SSVP serve aqueles que estão em necessidade, qualquer que seja a sua religião, o seu meio social ou étnico, o seu estado de saúde, o sexo e particularidades culturais ou opiniões políticas.

Os vicentinos dedicam-se a procurar e encontrar as pessoas que são vítimas do esquecimento, da exclusão e da adversidade.

04/02/1834: Ozanam perguntou aos amigos de conferência se a mesma deveria ser colocada sob a proteção de Nossa Senhora dedicando-lhe uma das festas para honrá-la de maneira especial.

O confrade L’hermite sugeriu, então, que a comemoração ocorresse em homenagem à Imaculada Conceição. A proposta foi aprovada por unanimidade e a oração da “Ave Maria” incluída nas reuniões, no mesmo dia.

(Fonte: Livro “Origens da SSVP”, da Secretaria do Conselho Geral Internacional)

04/02/1834: inspirado por uma graça do Espírito, o Confrade LE Prevost propõe à Conferência de Caridade que a mesma assumisse São Vicente de Paulo como patrono. A proposta foi aceita, por unanimidade, e um novo momento decisivo foi vivido pela “Conferência São Vicente de Paulo”.

No dia 8 de dezembro de 1835, pela primeira vez nas Atas da SSVP, se fala da Sociedade de São Vicente de Paulo (se referindo à Conferência) – Emmanuel Bailly era o Presidente e Le Prevost, Vice-Presidente.

O Confrade Jean-Léon Le Prevost, em 1845, fundou a Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo (RSV), ramo da Família Vicentina.

(Fonte: http://www.r-s-v.org/pt/a-historia-da-fundacao/)

1856: Criação do segmento de Conferências das mulheres.

Praticamente ausentes quando a Sociedade de São Vicente de Paulo foi fundada, as mulheres queriam se juntar à Sociedade de São Vicente de Paulo – SSVP, e seguir as regras estabelecidas por seus fundadores.

Celestina Scarabelli fundou o segmento de Conferências de mulheres em Bolonha, Itália, em 10 de janeiro de 1856, sendo que foi incorporada à SSVP principal mais de um século depois, em 1967.